Dona de joalheria que dobrou de faturamento nos últimos anos, a herdeira de Donald Trump aposta em diamantes ecologicamente corretos
O primeiro anel da coleção de peças confeccionadas com diamantes “sustentáveis” e platina reciclada: 143.000 dólares
Somente após tocar uma campainha é possível entrar na butique de joias de Ivanka Trump, localizada num trecho da Avenida Madison, em Nova York, que contém medalhões do luxo como a Hermès.
Do outro lado da porta de vidro, vendedoras de ar aristocrático analisam discretamente a estampa do interessado em pôr os pés ali dentro.
Às vezes, demoram um tantinho para atender, o que faz algumas pessoas puxarem a maçaneta sem entender direito como proceder (o bling-blong só é audível do lado de dentro).
Essa seleção, natural em estabelecimentos de alto padrão, tem aqui outro motivo. Ingressar na loja da herdeira do bilionário Donald Trump equivale a acessar um pequeno pedaço do reluzente mundo em que ela cresceu e vive: as consumidoras de suas criações são mulheres que com ela convivem em ocasiões sociais de Manhattan ou sonham com a oportunidade de fazê-lo.
E aí não dá para deixar qualquer transeunte entrar, assim, de supetão. “A visão criativa das minhas linhas é ‘herança chique’”, define ela. “São versões jovens de peças clássicas.”
Nos últimos tempos, a clientela sofisticada da empresária encontra nos mostruários uma leva de joias criada com o ambicioso objetivo de reformular aquele papo de que o diamante é o melhor amigo da mulher.
Nos últimos tempos, a clientela sofisticada da empresária encontra nos mostruários uma leva de joias criada com o ambicioso objetivo de reformular aquele papo de que o diamante é o melhor amigo da mulher.
Na visão de Ivanka, apenas os brilhantes “sustentáveis” merecem tal posto.
Viraram, por isso, os protagonistas de uma coleção ecologicamente correta, lançada em junho, feita com diamantes das minas Diavik e Ekati, no norte do Canadá. “Acrescentamos ouro e platina reciclados para garantir que o resultado fosse ‘verde’ mesmo”, diz Ivanka. Os preços começam em 15.000 dólares (24.000 reais) e, claro, vão bem mais longe que isso. Com 6,81 quilates, o anel primogênito da linha é vendido por 143.000 dólares (228.000 reais). A ideia é que, a longo prazo, 100% dos produtos da marca sejam “amigos do meio ambiente”.
Fazer com que o diamante se torne o melhor amigo da mulher “verde” pode representar um bem valioso para o segmento das joias.
Mesmo porque esse relacionamento sofreu uma baita estremecida, não faz muito tempo, quando o planeta conheceu as condições em que viviam países africanos produtores de pedras preciosas.
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